Evento terá como sede a Apta Regional de Pindorama, popular Fazenda Experimental, com atividades das 8 às 17 horas
O 1º Encontro de Restauração Florestal do Noroeste Paulista será realizado nesta quinta-feira, dia 18 de maio, das 8 às 17 horas, na Apta Regional de Pindorama, unidade de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O evento reunirá gestores públicos, comunidade científica, produtores rurais e representantes de diversos grupos da sociedade.
*Foto: Divulgação/Apta – Equipes realizam plantio após preparação de mistura de sementes e do solo
Maria Teresa Vilela Nogueira Abdo, coordenadora técnica do projeto Fehidro 130/2021, conta que o Centro de Estudos Agroambientais Pindorama – Capin está em parceira com o evento da Apta e apresentará o trabalho de restauração que vem realizando. O Capin plantou 70 hectares de floresta nos municípios de Nova Granada e Olímpia com recursos do Fehidro (Fundo Estadual de Recurso Hídrico), repassados pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande.
“Serão apresentadas as políticas governamentais de incentivo e discutidos vários assuntos. É [um evento] para chamar a atenção para a importância dessas espécies, de se plantar a floresta onde temos que plantar e de como essa floresta pode ser fonte de renda para os produtores”, explica a gestora, citando produtos feitos à base de mel, macaúba e jatobá, entre outros.
Será lançado o Caderno da Restauração Florestal que, além de falar sobre bases e necessidades da restauração, trará informações sobre 57 espécies nativas que podem ser usadas.
Por fim, será realizada a 1ª Feira da Restauração, que reunirá várias instituições que trabalham com espécies nativas, mostrando como a biodiversidade é rica e pode ser explorada em diversas formas científica, social e artística. Um dos destaques será a exposição “Fragmentos naturais, novas possibilidades”, da artista visual Gisele Faganello, que apresenta trabalhos de design com curadoria do arquiteto e artista plástico Maércio Bidóia que têm a sustentabilidade como foco.
Estão confirmadas as presenças da Arcos, Unifipa, Cati, IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Instituto Federal, Secretaria de Meio Ambiente de Catanduva, GeoApis, Centro Universitário de Adamantina, Uniara e AAMA (Associação dos Amigos dos Mananciais de Rio Preto).
Será oferecido almoço no local com diversidade gastronômica do “Cardápio da Restauração” e menu composto por guloseimas diferenciadas: ora-pro-nóbis, jatobá, caruru, pinhão, baru, urucum, cará, arroz preto, feijão guandu, juçara com banana, doce de cambuci e castanhas brasileiras. A cantora Cida Ajala se apresentará ao lado de dois violeiros vindos do Oeste do Estado. A Banda Sinfônica de Catanduva será representada pelo saxofonista Gabriel Oliveira.
Diretor da Cati falará sobre polinização
A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – Cati de Catanduva terá stand no evento para apresentar as ações da entidade voltadas à restauração ecológica. “Vamos apresentar mudas e sementes que a gente trabalha em prol dos produtores e tirar dúvidas sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o PRA (Programa de Regularização Ambiental)”, explica o diretor da unidade, Cláudio Giusti de Souza, que também será um dos palestrantes do período da tarde.
Ele frisa que o evento será importante para os produtores que já tiveram o CAR aprovado e vão entrar na próxima fase, que é o MRA – Módulo de Regularização Ambiental. “Essa é a ideia principal do evento, que é levar alternativas, informações e informações”.
Em sua apresentação, o gestor da Cati abordará a polinização feita pelas abelhas. “Vou falar sobre o impacto delas na floresta e da floresta nas abelhas. Tem toda uma questão de sustentabilidade, porque as abelhas são os nossos polinizadores naturais. A ideia também é passar para o público as espécies que podem ser plantadas nas matas e em projetos de reflorestamento para ter uma florada mais bem distribuída durante o ano”, pontua.
Startup monitora mais de meio bilhão de abelhas
A GeoApis – startup que monitora mais de meio bilhão de abelhas – terá um stand no Encontro de Restauração para apresentar soluções e projetos contínuos que agregam a conservação de polinizadores e biodiversidade à produção agrícola. Hoje a empresa monitora mais de 536 milhões de abelhas, inclusive nativas, e seus clientes somam mais de 345 mil hectares plantados vistoriados, gerando impacto em mais de 4 milhões de hectares monitorados no entorno.
O trabalho é focado no impacto do entorno das plantações agrícolas, onde são realizados mapeamento, gestão do território e levantamento de colmeias para estabelecer relação harmônica entre criadores de abelhas e produtores rurais. A falta de relacionamento entre produtores e criadores pode levar a acidentes e acarretar mortalidade de abelhas.
Ao preservar as abelhas e a biodiversidade, a GeoApis atua na transformação social do entorno. No noroeste paulista, as usinas Itajobi e Colombo são clientes da startup. O monitoramento do entorno impacta diretamente 16 municípios da região, dentre eles Jales, Santa Albertina, Catanduva, Urânia, Paranapuã e Fernandópolis.
