Atuação em casos de mortalidade de abelhas foi tema de palestra durante 1º Brasil Honey Show

Aconteceu entre os dias 2 e 4 de dezembro, em Botucatu, a 1º Brasil Honey Show, uma feira voltada exclusivamente ao setor do mel. Com 36 horas de programação, o evento, realizado pelo empresário e apicultor Henrique Faraldo, contou com o apoio da prefeitura municipal e do Sebrae. Na programação, diversos stands e palestras com profissionais atuantes no setor, incluindo representantes da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

Em paralelo, nos dois primeiros dias, aconteceu um seminário que abordou diversos temas de interesse para a criação das abelhas, como tecnologia, empreendedorismo e cases de sucesso. Na ocasião, as médicas-veterinárias Renata Taveira e Maria Carolina Guido palestraram sobre a atuação da Defesa Agropecuária nos casos de mortalidade de abelhas. Uma van da CDA também esteve no local para atendimento e orientação presencial aos apicultores e meliponicultores.

Foto post mortalidade das abelhas 1

Atendimento e orientação a produtores e ao público em geral

“A população de Botucatu não conhece a força que o setor da apicultura e a atividade do mel têm em nossa região e esse evento veio pra mostrar isso”, anunciou Joel Santiago, presidente da Câmara Setorial do Mel, durante a abertura do evento.

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Renata Taveira falou enquanto gerente do Programa Estadual de Sanidade das Abelhas

Para abordar a atuação da Defesa Agropecuária, Renata Taveira, gerente do Programa Estadual de Sanidade das Abelhas (PESAb), falou sobre a missão da CDA e sobre suas ações, que por vezes, ainda são desconhecidas do grande público. “Estamos aqui primeiramente para vocês, apicultores, vejam que nós da Defesa não damos ferroada”, brincou.

“Nossa meta é controlar as possíveis doenças que podem acometer as colmeias no Estado de São Paulo, uma vez que as abelhas são uma espécie de peculiar interesse do Estado”, disse.

Renata abordou ainda a resolução que possibilitou a criação do PESAb, a atuação da Defesa em ocorrências do pequeno besouro das colmeias e sobre quais casos devem ser notificados à CDA.

Na sequência, Maria Carolina Guido abordou os procedimentos adotados pela Defesa, como por exemplo, o cadastro de apicultores e expos alguns resultados obtidos a partir da criação do PESAb em 2019.

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Maria Carolina falou sobre procedimentos e expôs números

“O cadastro é uma forma de sugerirmos junto ao poder público, políticas públicas para o setor. Não há como realizar programas se não há apicultores cadastrados na Defesa. Para o governo, se você não está cadastrado, você não existe”, argumentou.

A médica-veterinária também abordou sobre a necessidade do apicultor e do agricultor manterem boas relações para o bem do setor. “É necessário que o apicultor saiba qual produto o agricultor que planta ao lado usa, pois isso influencia diretamente no bem estar dos animais”, alertou.

Sobre as notificações de mortalidade e suspeita de intoxicação recebidas pela Defesa, Maria Carolina mostrou em gráficos que o número vem crescendo. Em 2020 foram 9 notificações; em 21, o número subiu para 14 e em 2022, as notificações chegaram até o momento, a 34.

Ascendente que também se mostra presente no número de cadastros. Em três anos, o número subiu de 200 para 1713. “São dados que nos auxiliam no trabalho de manter a sanidade das abelhas no Estado de São Paulo”, disse a médica.

Para saber mais sobre o PESAb, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/?/sanidade-animal/programa-estadual-de-sanidade-das-abelhas-pesab/&cod=68.

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Por Felipe Nunes.

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